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A teoria Dragon Ball Z - Política #3

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No texto passado discorremos sobre a natureza do Estado, de onde vem e do que se alimenta. Agora, vamos à sua função e suas limitações. Fica aí que vamos falar de aborto, consumismo, educação, casamento homoafetivo e claro, boa teologia e filosofia. Base bíblica Como já utilizado nos textos anteriores, os dois textos áureos neotestamentários a respeito do governo são Romanos 13.1-7 e 1Pedro 2.13-17 . Nessas perícopes, Paulo e Pedro fazem uma espécie de teleologia do Estado, isto é, uma análise de seu objetivo. Para ambos, a autoridade governamental se limita a “punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem”, pois “ é serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal ”. O curioso é que os dois apóstolos descrevem exatamente a mesma função estatal, sem tirar nem pôr. Nada de obras faraônicas, nada de cobrança de imposto para redistribuição de renda (pois é o oposto ao recomendado em Provérbios 29.4). Trocando em miúdos para nós, seres políticos

Vendo, não veem e, ouvindo, não ouvem nem entendem - Política #2

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A cultura ocidental tem, lastimavelmente, padecido das mais horrendas mazelas culturais, incutidas de forma abjeta e ardilosa por ideologias perversas em essência, mas que, discreta e enganosamente, se acoplam às esferas e instituições sociais, levando o cidadão médio, sem que este se dê conta, à perdição gradual. Tais correntes malévolas não se restringem a nenhuma esfera e se alastram por todos os âmbitos, até mesmo por entidades que estão na raiz da formação do Ocidente, como a Igreja. Constatando que sua metodologia de persuasão, focada na celeuma econômica e fazendo uso de premissas logicamente paupérrimas a fim de culminar na luta armada revolucionária, se tornou inócua e obsoleta, a esquerda se reestruturou e alterou sua ênfase . Passou a primar a ocupação de espaços e a incrustação da mentalidade socialista de forma sutil e pouco perceptível na mente das pessoas. Universidades, escolas, igrejas, artes, meios de comunicação, entre outras áreas, foram vorazmente invadidas

Política é coisa do capeta? - Política #1

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Um dia durante o almoço no estágio, um irmão - que adorava levantar questões e debatê-las - perguntou se a política era coisa do diabo. Imediatamente respondi que não, o irmão retrucou que sim. Daí saiu uma deliberação mas que não deu muito resultado. Fiquei surpreso que ainda haja cristãos que pensem dessa forma e por isso pretendo começar a série do posicionamento de que o governo não é demoníaco, pois muito do que virá após esse post precisará dessa premissa. Entretanto, iremos além, demonstrando qual é o lugar dessa coisa que é o governo. Exorcizando demônios O argumento básico para a ideia de um governo diabólico é o argumento de Satanás para Jesus, quando tentava o Cristo no deserto. Ali o coisa-ruim afirma que toda a autoridade dos reinos terrenos é dele ( Lc 4.5-7 ). Conforme demonstrado por Grudem [1], o problema dessa afirmação é que ela vem de Satanás. A afirmação de Jesus é que Satanás é o pai da mentira ( Jo 8.44b ). Eu prefiro acreditar na palavra do Cristo do que

Teologia do quebra-cabeça

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Ao nos tornarmos cristãos, viver se torna algo mais completo e cheio de profundidade e propósito, de repente apenas nos satisfazer e alcançar os sonhos que planejamos para nós mesmos não é o suficiente. Sabemos que existe algo mais, existe uma verdadeira plenitude e aquele vazio que sempre existiu em nós é preenchido. O choro do recém-nascido Na conversa entre Jesus e Nicodemos o ponto chave e a maior inquietação sentida por Nicodemos é a declaração de Jesus “... Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo ” (Jo 3.3). Ao encontrarmos Jesus, nós percebemos que teremos que ser desconstruídos, repensar nossos conceitos e então nascer de novo. A partir dos cacos que você se tornou e deixou que o grande oleiro fosse moldando, tudo se faz novo. Seguir Jesus é ir além de um encontro na calada da noite, quando nenhum dos seus amigos fariseus está vendo. É carregar sua cruz, considerar tudo como perda. Cristo quer destruir os seus sonhos. Como C.S

Das migalhas que desperdiçamos faremos janta - 17 de janeiro #2

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Certo domingo fui andar de skate no campus da UFPB com a namorada. Depois de algumas voltas chegamos ao centro de saúde, que é bem distante de onde estudo. Foi ali onde, há alguns anos, eu chorava de frente ao prédio onde deveria fazer a última prova do vestibular e ser aprovado, provavelmente entre os três primeiros. Mas fui pego com o celular no qual usaria para conseguir um alternativo e voltar para minha cidade.  Hoje, cursando minha graduação, pude parar o patins da minha namorada e dizer: das migalhas que desperdiçamos vamos fazer uma janta. Pude me avistar sentado a beira do caminho, errante no mundo.  O espaço era o mesmo, mas havia uma distância temporal considerável. Foi dali que passei um ano estudando sozinho enquanto cuidava da loja da minha mãe. Foi dali que comecei a enfrentar meus maiores vícios e a engatinhar no caminho da tão sonhada perseverança. Durante essa retrospectiva, tive alguns segundos de silenciosa degustação dos insondáveis caminhos do Senhor.

Quando falta fôlego

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Creio que todos nós já passamos períodos onde se falta fôlego, falta àquela vontade de continuar, e vem a sensação de que seja qual for o seu combustível ele com certeza terminou mais rápido que gasolina em greve de caminhoneiro. Na psicologia temos o chamado efeito burnout onde, de forma bem simplificada, pessoas que passam bastante tempo em situação de muito stress e pressão sucumbem, tendo problemas psicológicos e físicos. Somos seres humanos falhos e fracos, é verdade, e ainda por cima, quando nos deparamos nessa situação, sempre a pioramos ainda mais olhando para exemplos de pessoas que já passaram por coisa muito pior e superaram sem reclamar tanto como você está reclamando agora. E isso nos coloca onde? Seres incapazes de se corrigir, e buscar melhores caminhos? Ou apenas preguiçosos que querem um atalho? Nada disso! Se analisarmos em confronto com a Bíblia, rapidamente podemos nos deparar com Paulo deixando bem claro em 1 Coríntios 10:13 “ ...E Deus é fiel; ele n

Problemática do ministério NX Zero

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Na obra futurista “Admirável Mundo Novo”, o britânico Huxley descreve um mundo onde a felicidade é sentida na pele, com o uso indiscriminado de entorpecente, sexo estimulado desde a tenra idade e até cinema com sensações que deixam Guerra Infinita coisa do século passado. A religião é censurada enquanto noção do transcendente, mas clubes onde rolam drogas, mantras e danças ritualísticas ainda existe. Há um certo paralelismo entre a ficção e nossa realidade. Somos de fato uma sociedade sensível. Você prefere séries e não livros pela sensação que as primeiras lhe dão. Você compra pela sensação que a propaganda lhe fornece. Ao seu redor, o mundo só fala de sexo e o seu prazer está em consumir álcool e o que mais seja bom pra seu corpo jovem. A existência se resume a sua satisfação hedonista Esse comportamento entra na Igreja cristã na forma de secularismo e se torna visível no culto comunitário. Novos elementos têm adentrado no Santo dos Santos. Elementos esses muito sensoriais