O Deus que deixa marcas - Deus-homem #3
Andrew Eason: Flickr |
Deus sabe o quanto nosso coração é ingrato. Somos fáceis em esquecer os favores que recebemos. Por isso a instituição dessa ordenança. Devemos sempre ter em mente o sacrifício do Cordeiro de Deus e Sua ressureição, pois é a morte de Cristo que nos faz lembrar de nossa situação deplorável e irremediável, da justiça e o amor de Deus em enviar Seu Filho para receber a punição em nosso lugar, e dos prazeres e obrigações de uma nova vida justificada.
Racionalizando
De modo algum a Páscoa deve ser o hábito de se abster da carne vermelha ou apenas ouvir e falar uma sopa de palavras de efeito sem qualquer sentido último, como faz o Carlinhos Brown. Isso seria altamente religioso e vazio de significado. A Páscoa tem que trazer à memória a lembrança. E isso exige uma reflexão intencional, que, por fim requer uma ação racional. Isso implica que, se não podemos fazer os rituais de forma mecânica, tampouco devemos nos entregar a sentimentos infundados. Não caia nessa de "espírito da páscoa" assim como a do "espírito natalino".
Fazendo isso, logo percebemos que essa ação racional de lembrarmos da morte e ressureição de nosso Senhor não se limitará a semana santa. Uma boa reflexão nos levará a constatar que uma graça tão abundante precisa sempre estar à vista de nossa alma, afinal, isso é o que nos traz esperança (Lm 3.21; Tt 1.2; 1Pe 1.3). Soa clichê, mas eu não estou falando que todo dia é Páscoa. Estou querendo dizer que devemos sempre lembrar da "paixão" de Cristo. Isso é fundamental para a nossa peregrinação.
Marcas
Por fim, será fácil perceber que há uma saudade de nosso Senhor. Não que Ele não esteja conosco, mas queremos estar mais perto. O desejo de Moisés de ver a Deus estufa nosso peito agradecido. É belo se certificar que ao carregarmos nossa cruz em Sua memória, também adquirimos marcas, o selo do Espírito carimbado em nossa alma. Já fomos crucificados com Ele. Agora, Cristo vive em nós e em breve viveremos com Ele.
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